ADPUC realiza aula aberta e exposição sobre a Palestina
- eloarakarla
- 23 de jun.
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Para os participantes, o encontro foi uma oportunidade de ampliar a consciência crítica sobre o que se passa em Gaza — realidade frequentemente distorcida ou silenciada pela grande mídia. Larissa, doutoranda presente no evento, ressaltou:
“Mesmo agora, com as redes sociais, ainda há muita gente que não acessa ou não compreende a dimensão do que está acontecendo. Eventos assim são fundamentais para ampliar a consciência coletiva.”
O vice-presidente da ADPUC, Roberto Starlein, também reforçou a importância de romper com a apatia diante de crimes contra a humanidade:
“É urgente romper relações diplomáticas, militares e econômicas com Israel. O presidente Lula tem projeção internacional — um posicionamento firme seria um exemplo para o mundo.”
Desde outubro de 2023, os bombardeios israelenses já causaram a morte de pelo menos 54.470 pessoas em Gaza, incluindo mais de 17 mil crianças, segundo dados do Ministério da Saúde do território palestino administrado pelo Hamas.
A ADPUC reafirma seu compromisso com a defesa da vida e dos direitos humanos e se soma às vozes que exigem o fim do massacre em Gaza, um cessar-fogo imediato e o respeito ao direito internacional.

Exposição Palestina em Cartaz segue aberta até agosto
A exposição Palestina em Cartaz, de Roberto Marques, segue em cartaz até o dia 8 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h, na sede da ADPUC Minas (Casa dos Professores – Prédio 61).
Usando colagens, cores vibrantes e uma linguagem direta, Marques constrói imagens que transitam entre o grito que denuncia e a beleza que resiste. Suas obras revelam as duas faces da história de Gaza: a dor do genocídio e a esperança que persiste sob os escombros — expressas em um dos maiores crimes contra os direitos humanos, perpetrado pelo Estado de Israel contra mulheres, crianças e a população palestina em geral.
A destruição de territorialidades físicas e simbólicas é uma estratégia central das potências ocupantes. Bombas, drones e mísseis não apenas arruinam cidades, mas também corroem a esperança coletiva e esvaziam nossa humanidade. O silêncio, a indiferença e a anestesia global diante do horror da guerra também são armas de aniquilação.
“Minha voz uso pra dizer o que se cala” — verso da música O que se cala, de Douglas Germano, na voz de Elza Soares.
A arte de Roberto Marques é uma outra forma de dizer, de gritar, de sensibilizar:
“Comecei a pensar em produzir estes cartazes como forma de participar politicamente do apoio à luta palestina — pela liberdade, pelo pleno direito à terra, contra a opressão e o genocídio do governo israelense.”
Parafraseando a canção, ele poderia dizer:
“Minha arte uso para mostrar o que se esconde.”
Agora, esses cartazes ganham as paredes da ADPUC — espaço historicamente comprometido com a luta por justiça social — reafirmando que a arte pode, e deve, ser parte ativa das lutas por liberdade.
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